O homem que no fim de ano terá agredido a mãe, um bebé de
dois anos e uma militar da GNR está indiciado por crimes de violência
doméstica, ofensa à integridade física qualificada e de resistência ou coação.
Em resposta a questões da agência Lusa, a Procuradoria-Geral
da República (PGR) confirmou a existência de um inquérito do Ministério Público
(MP) contra este homem, de 39 anos, do Cartaxo, que na noite da passagem do
ano, terá agredido, em ambiente familiar, a mãe, um sobrinho com pouco mais de
dois anos e uma militar da GNR que foi chamada ao local por denúncia da queixa
da mãe da criança.
Segundo a PGR, “o arguido encontra-se indiciado pela prática
de um crime de violência doméstica, em relação à sua progenitora, três crimes
de ofensa à integridade física qualificada, um dos quais em relação a uma
criança, um crime de dano com violência e um crime de resistência ou coação
sobre funcionário”, neste caso contra a militar da GNR do Cartaxo.
Presente a um Juiz de Instrução Criminal no tribunal de
Loures, o arguido saiu em liberdade, mas ficou sujeito às medidas de coação de
proibição de contactos com as vítimas por qualquer meio e de permanecer ou
aproximar-se da residência destas e dos seus locais de trabalho, tendo sido
fixado um raio de segurança de 300 metros, referiu a PGR.
De acordo com a mesma informação, está também obrigado a
apresentações semanais no posto local da GNR e a tratamento médico contra a
adição ao álcool e estupefacientes.
Na noite de 31 de dezembro para 01 de janeiro, uma militar
da GNR foi violentamente agredida após um telefonema de queixa feito pela mãe
da criança (sobrinho do agressor) para prestar auxílio numa ocorrência de
violência doméstica numa residência no Cartaxo, concelho do distrito de Lisboa,
segundo relatou na altura à Lusa fonte da corporação.
De acordo com o oficial de serviço ao Comando-Geral da GNR
naquele dia, uma equipa da GNR foi chamada a intervir numa alegada situação de
violência doméstica, cerca meia-noite, no Cadaval, tendo a militar sido
agredida quando desempenhava as suas funções de intervenção policial e sujeita
a tratamento hospitalar em Torres Vedras.
Na ocorrência foi também agredida uma mulher de 64 anos, mãe
do agressor, e uma criança com pouco mais de dois anos. A mãe do agressor, que,
segundo fontes policiais, terá chegado a ter uma paragem cardio-respiratória e
que foi reanimada pelos bombeiros e encaminhada posteriormente para o Hospital
de Torres Vedras para receber tratamento.
Uma outra fonte policial disse à agência Lusa que a equipa
da GNR foi alertada pela mãe da criança cerca das 23:55 para uma situação de
violência doméstica no Cadaval, durante uma celebração de passagem de ano.
Ao chegar ao local, os dois elementos da GNR encontraram uma
mulher de 64 anos, mãe do alegado agressor e que também terá sido agredida,
numa situação de paragem cardiorrespiratória, que levou a uma intervenção
inicial dos militares e posterior auxílio dos Bombeiros Voluntários do Cadaval.
De acordo com os relatos, o detido, que tem um historial de
violência, inclusive contra as autoridades, no decorrer de uma discussão
durante os festejos de passagem do ano, agrediu a criança, seu sobrinho, com um
pontapé na cabeça.
O agressor estaria sob o efeito de álcool e drogas.
Ao confrontar o agressor, que estaria refugiado numa casa ao
lado, a militar da GNR foi violentamente agredida, obrigando a equipa da guarda
a pedir um reforço policial para consumar a detenção e conduzir o homem ao
posto policial, segundo os relatos