(Foto: Rede Regional)
O caso ocorreu em Tomar, em setembro de 2022, após os
assaltantes terem exigido deslocar-se a casa das vítimas, que já sabiam ser
perto do local, para resolver o acidente no trânsito.
Da residência, exibindo uma pistola que a mulher trazia na
mala, os ladrões levaram artigos de casa, roupa, eletrodomésticos e peças para
automóveis avaliados em cerca de 2.800 euros, e um carro das vítimas, no valor
de 880 euros.
Quando iam embora, os arguidos deixaram bem claro que os
matariam juntamente com a sua filha menor, caso fizessem queixa às autoridades.
Duas semanas depois, os assaltantes regressaram a casa das
vítimas, queixando-se do carro que os próprios roubaram, que alegadamente teria
explodido em Badajoz, Espanha, com o filho e a nora no interior.
Os arguidos, ameaçando novamente com a pistola, exigiram 15
mil euros para os tratamentos e 3.500 euros para trazer o veículo de novo para
Portugal, tendo conseguido que as vítimas, bastante assustadas, lhe entregassem
10.800 euros, dinheiro que tinham poupado porque queriam emigrar para a
Irlanda.
Deste processo judicial, faz também parte um segundo assalto
cometido pelos arguidos, em Maio de 2023, nas Algarvias, perto de Tomar, onde
simularam querer comprar uma quantidade de sucata por 150 euros.
Após terem carregado o material para a sua carrinha de
mercadorias, disseram ao proprietário que iam levantar o dinheiro a um
Multibanco e nunca mais apareceram.
O casal de assaltantes vai começar a responder no Tribunal
de Santarém por dois crimes de roubo agravado e um de furto simples, sendo que
a mulher está também acusada pelo Ministério Público por coação agravada e
detenção de arma proibida.