A menos que venha a existir um grande retrocesso no processo
de reversão das freguesias, em setembro do próximo ano as Juntas de Freguesia
da Fajarda e de Vila Nova da Erra irão a votos, separando-se assim da União de
Freguesias que integram atualmente.
O Grupo de Trabalho para a desagregação das freguesias, que
no último ano tem trabalhado no Parlamento na reversão da “Lei Relvas”, que
levou a que 183 freguesias se unissem em Uniões de Freguesias, há 11 anos
impostas pela presença da Troika em Portugal, terminou esta sexta-feira o seu
trabalho, contando ter a lei alterada até março, a tempo de entrar em vigor
seis meses antes das eleições que se vão realizar no final do mês de setembro.
Ao que o NS apurou, junto de fonte próxima do processo, a
documentação apresentada no final de 2022 pela União de Freguesia de Coruche,
ratificada pela Assembleia Municipal de Coruche, cumpre todos os requisitos
legais, pelo que as freguesias da Fajarda e Vila Nova da Erra vão retomar a
autonomia retirada em 2014, ainda que até às eleições tenha que ser realizado
um inventário que analise o que cada uma das freguesias possuía aquando da
inclusão na União de Freguesias, de modo as “novas” freguesias possam ter
condições para trabalhar.
Tudo indica que deverá mesmo vir a ser criada uma “Comissão
Instaladora”, que será composta pelo atual presidente da junta, um
representante local de cada partido e cinco cidadãos independentes daquela
freguesia, que cuidará da criação da freguesia.
Será também criada uma “Comissão de Extinção” que irá tratar da divisão dos
bens da União de Freguesias e a afetação de novos bens a cada uma delas.
A nível regional, e ao que conseguimos apurar até agora,
todas as freguesias que apresentaram intenções de separação terão cumprido os
prazos e a regulamentação, pelo que deverão mesmo vir a integrar o lote de 150
que a nível nacional vão ser criadas.
Agora, e até março, a Assembleia da República irá trabalhar
na Lei, que oficializará depois as novas freguesias.