(Foto: Notícias do Sorraia)
O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF)
apresenta esta quinta-feira, os resultados do projeto de resinagem desenvolvido
no talhão 17 da Mata Nacional do Escaroupim, no concelho de Salvaterra de
Magos.
A apresentação decorre na sequência de uma ação que
decorrerá no Edifício do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, que terá a
presença de Paula Soares, professora auxiliar do Instituto Superior de
Agronomia, Rui Pombo, Diretor Regional da Conservação da Natureza e Florestas
de Lisboa e Vale do Tejo, e Isabel Carrasquinho, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.
O projeto “Pinheiro Bravo Conservação e melhoramento dos
recursos genéticos”, foi coordenado pelo INIAV, em colaboração com o ICNF, o
ISA, Centro PINUS e a Faculdade de Ciências foi desenvolvido, na Mata Nacional
do Escaroupim, um ensaio de resinagem em clones, com vista à identificação
genética dos melhores indivíduos. Os resultados obtidos no referido projeto
permitiram criar informação para dar continuidade aos programas de melhoramento e conservação genética para o volume
e forma do pinheiro-bravo e, mais recentemente, para a produção de resina,
iniciado sob o PRR-Resina Natural RN21. Como um exemplo importante de
resultados alcançados, será a submissão ao Catálogo Nacional dos Materiais de
Base do pomar de elite de pinheiro-bravo, o que permitirá disponibilizar, para
arborização, semente de elevada qualidade genética.
Inicialmente administrada pela Montaria Mor do Reino, a Mata
Nacional do Escaroupim foi incorporada na Administração Geral das Matas do
Reino em 1836.
Até à atualidade distam 188 anos, período durante o qual se
verificaram transformações relativamente à sua ocupação florestal, nomeadamente
a introdução do Eucalipto e condução de algumas parcelas para trabalhos de
cariz científico.
Com 438 hectares, a Mata Nacional do Escaroupim (MNE) está
arborizada numa superfície de 346 hectares, tendo como espécie principal o pinheiro-manso, que ocupa 32% da área
da Mata, seguido do pinheiro-bravo (20%) e do eucalipto (7%).
Além da produção de material lenhoso e fruto, existem outras
áreas destinadas à investigação florestal, com campos experimentais de melhoramento e conservação dos recursos
genéticos de pinheiro-bravo, pinheiro-manso, eucalipto e ulmeiro, existindo ainda uma área
experimental para culturas agrícolas da responsabilidade da DGAV, instalação de povoamentos de
diversas espécies do género Eucalyptus, entre outros.
É, ainda, relevante a instalação do Arboreto em 1953, o mais
importante fora do território
Australiano, constituído por 126 espécies de Eucalipto.
A folhagem de eucalipto dali proveniente é a base da
alimentação dos coalas do Jardim Zoológico de Lisboa