O exercício Sismex 24, que esta terça-feira 5 de novembro,
se realizou em todo o concelho de Benavente, numa organização da Proteção Civil
Municipal de Benavente, deixou a população do concelho mais preparada para a
ocorrência de um sismo.
O simulacro estava integrado no dia “A Terra Treme”, e foi
realizado por cerca de 8 mil pessoas do concelho de Benavente, de empresas e
instituições públicas, abrangendo pessoas de todas as idades, desde os bebés
das creches do concelho, aos idosos residentes em Lares e Centros de Dia, bem
como trabalhadores dos município e de empresas privadas que se associaram ao
evento.
O exercício contou ainda com a participação de mais de uma
centena de operacionais, da Proteção Civil, Bombeiros, GNR, Exército, Força
Especial de Bombeiros, Sapadores Florestais e entidades públicas como as Juntas
de Freguesia e Câmara Municipal.
O plano era simples, pelas 11.05 horas a terra ia abanar em
Benavente e era necessário realizar os procedimentos habituais para proteção
individual e coletiva.
Após o sismo, havia que realizar o “Baixar, Proteger e Aguardar”, seguindo-se a
evacuação dos espaços, em estreita coordenação com o plano de evacuação de cada
uma das entidades.
Na sala de operações e comunicações da Proteção Civil de
Benavente todos os dados eram recebidos e trabalhados, tentando tornar a
situação o mais aproximada à realidade, de modo a que se pudessem aferir se
tudo trabalhava em conformidade com o planeado e necessário.
Em todos os locais onde foi realizado o exercício, foram
cumpridas as normas de evacuação, de modo a que se testem não só os planos de
evacuação, como se possa consciencializar e formar a população apara as medidas
a tomar em caso de ocorrer um sismo.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos
Coutinho, este é um dia “importante não só para a Proteção Civil, mas para toda
a população”, por se tratar de um exercício que “realizado há décadas” tem
incutido na população “uma cultura de Proteção Civil de prevenção relativamente
a uma situação que seguramente se irá verificar”.
Sendo Benavente um concelho de elevado risco sísmico, onde
já ocorreram dois abalos de elevada intensidade em 1755 e 1909, é importante
“que cada um de nós possamos aprender algumas das regras e comportamentos que
devemos adotar perante a ocorrência de um sismo”, considera o autarca.
Dando como exemplo os recentes acontecimentos de Valência,
“onde vimos que a força da natureza tem condições para devastar toda uma
localidade”, Carlos Coutinho reforça que “é preciso termos a possibilidade de
aprender regras, de aprender, formas de estar perante um perigo” em que a nossa
atuação pode ser diferente se tivermos conhecimentos e noções básicas que são
aprendidas em exercícios como o realizado na manhã deste 5 de novembro.
Este tem sido um exercício que todos os anos tem vindo a
crescer, seja em tipologia de exercício, seja no número de intervenientes,
“neste exercício que fizemos hoje, estiveram envolvidas cerca de 8 mil pessoas,
desde crianças, jovens e menos jovens e idosos”, salientou.
Considerando que o exercício é também fundamental para a
articulação entre as várias forças e entidades da Proteção Civil, Carlos
Coutinho refere que o fato deste exercício demonstrar que “cada um de nós é um
elemento da Proteção Civil” é outro dos fatores importantes que levam a
autarquia a realizar anualmente um simulacro desta envergadura.