Sábado, 21 de Dezembro de 2024

Regional

Publicada em 28/09/24 às 18:08h - 37 visualizações
Estalagem Gado Bravo volta à baila à boleia do novo aeroporto

O Mirante

 (Foto: O Mirante)

Depois de décadas ao abandono e de várias ideias de reabilitação que nunca saíram do papel ao longo dos anos, a antiga estalagem do Gado Bravo, na lezíria de Vila Franca de Xira, volta a ter nova intenção de reabilitação. O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, confirmou ter dado entrada nos serviços de urbanismo do município uma intenção de reabilitação da antiga estalagem, que no entender do autarca, a concretizar-se, “ressuscitará um ícone do Ribatejo com muita história e potencialidades”.
Um ícone que, hoje em dia, é apenas um edifício devoluto e abandonado, sem telhado e onde pouco mais resta que as paredes, que mancha a paisagem da lezíria em plena Recta do Cabo. À intenção de reabilitação não será alheia a decisão do Governo de vir a construir em Benavente o novo aeroporto internacional de Lisboa. Fernando Paulo Ferreira lembrou também que está em discussão pública, até ao final do mês, o Plano de Acção da Lezíria do Tejo que prevê precisamente o aumento da oferta de camas turísticas na envolvente da Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde a antiga estalagem se inclui.


Rainha de Inglaterra e Paul McCartney estiveram lá
A estalagem do Gado Bravo, recorde-se, foi inaugurada em Outubro de 1952 e fechou portas em 1989, depois de vários anos em declínio. O seu período áureo foi registado nas décadas de 50 e 60 do século passado, tendo ficado famosa por ter sido o espaço escolhido por várias figuras internacionais para visitar. Foi o caso do músico dos The Beatles, Paul McCartney e a namorada, Jane Asher, que ali pernoitaram em 1965 a propósito de uma visita a Lisboa. Em 1957, também a rainha de Inglaterra Isabel II esteve no espaço.
O palco do salão recebeu concertos de nomes do fado como Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Fernando Farinha e Hermínia Silva. Passou de privados para as mãos da banca e aquando da crise do imobiliário, em 2008, foi posto à venda o edifício e o terreno por 376 mil euros. Antes, em 2001, houve uma outra intenção de recuperação que nunca saiu do papel. O projecto contemplava a construção de 116 quartos, um restaurante, pavilhão multiusos e piscina com balneários de apoio.








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