O USO – Sistema de Transporte Flexível da Lezíria do Tejo,
implementado de forma faseada nos concelhos da região, desde julho de 2023,
está abaixo das expectativas dos autarcas, revelou a semana passada António
Torres, Primeiro Secretário da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
(CIMLT).
António Torres falava no Encontro de Mobilidade da Lezíria,
que se realizou em Samora Correia, onde deu a conhecer os números do USO na
região, que até 2 de setembro, efetou 353 serviços, transportando apenas 489
passageiros.
Dando como exemplo o concelho de Benavente, onde o sistema
entrou em funcionamento a 15 de fevereiro de 2024, foram transportados 49
passageiros, num total de 40 serviços, números que este revelou ficarem abaixo
das expectativas, estando por isso a CIMLT disponível para realizar ações de
apresentação junto da comunidade, em coletividades ou associações, com o
objetivo de captar mais passageiros para o “transporte a pedido”.
Até ao momento existem ainda rotas definidas que não tiveram
qualquer passageiro transportado, facto que a CIMLT pretende contrariar.
“O número de utilizadores do USO é muito baixo, e terá que
crescer para se afirmar como complementaridade ao serviço público de
transportes”, disse António Torres, que salientou que a utilização deste
serviço de transporte público “é acessível, pois é 30% abaixo do valor do
transporte público na Lezíria”.
Aquando da sua apresentação a CIMLT referia que serviço de
Transporte Flexível, “destina-se a colmatar a falta de oferta de transporte
coletivos regulares em locais de baixa densidade populacional, permitindo a
mobilidade dos cidadãos às sedes de freguesia ou sede de concelho, e aos locais
onde se situam os serviços que apresentam maior procura – farmácias, mercados,
juntas de freguesia, centros de saúde, Hospital Distrital de Santarém ou o
Terminal Rodoviário”.
O sistema de transporte a pedido “USO”, é realizado através
do transporte de Táxi, existindo nos concelhos de Salvaterra de Magos,
Almeirim, Chamusca, Alpiarça, Benavente e Santarém um total de 27 circuitos.
A CIMLT assumiu até ao momento 5.870,34 euros dos
transportes, tendo os utilizadores gerado uma receita para a Comunidade
Intermunicipal de 970.05 euros.