Dinis, um jovem aluno do sétimo ano da Escola Básica 1, 2 e
3 de Azambuja, com 12 anos de idade, e que é filho de uma professora do ensino
especial de Azambuja, esfaqueou hoje seis colegas, num ataque que aconteceu
durante a hora de almoço e dentro do recinto escolar.
O alerta para a ocorrência foi dado depois das 14 horas, e
para o local foi de imediato a GNR, que à chegada ao recinto escolar conseguiu
parar o agressor, que apesar de ser menor de idade ficou sob custódia policial,
ainda que não possa ser formalmente detido.
De acordo com Silvino Lúcio, Presidente da Câmara Municipal
de Azambuja, o aluno, que frequenta o 7.º ano e terá entre 12 a 13 anos,
“entrou a seguir ao almoço e esfaqueou todos os que viu”, estando para isso
munido com uma faca e um coleta à prova de bala.
De acordo com o Comando Sub-Regional da Lezíria do Tejo, o
alerta para a ocorrência foi fado pelas 14.42 horas, e para o local foram
mobilizados meios dos Bombeiros de Azambuja, Alcoentre e Cruz Vermelha
Portuguesa de Aveiras de Cima.
À chegada dos meios de socorro estavam esfaqueadas cinco
crianças, “com idades entre os 12 e 14 anos”, um deles, uma menina, em estado
considerado grave, com ferimentos no tórax e cabeça, foi transportada para o
Hospital de Santa Maria, com acompanhamento do médico da Viatura Médica de
Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Vila Franca de xira.
Quando as equipas dos bombeiros estavam a socorrer os
restantes feridos, uma criança que fugiu do local após ser esfaqueada,
regressou à escola, fazendo assim subir para cinco as vítimas consideradas
leves, que foram todas todas transportadas para o Hospital de Vila Franca de
Xira.
Um adulto, assistente operacional, e que conseguiu travar as
agressões, teve também que receber assistência médica, depois de um episódio de
ansiedade, revelou ao NS a mesma fonte.
Para o local foram também mobilizados psicólogos do INEM,
bem como a equipa da psicologia da Câmara Municipal de Azambuja.
O jovem está retido pela GNR numa sala de aula, estando a
caminho do local a Polícia Judiciária, que tomará agora conta da investigação
do caso e apurará as motivações do ataque.
Os pais e encarregados de educação estão à porta da escola,
tentando perceber se os seus filhos estão bem.
Recorde-se que foi esta escola que foi assaltada na
madrugada de segunda-feira, o que impediu a sua reabertura, pelo que hoje seria
o primeiro dia de aulas.