O Partido Chega apresentou na Assembleia da República um
projeto de resolução que recomenda ao Governo que adote o procedimento
necessário para a classificação das Salinas de Rio Maior como Imóvel de
Interesse Nacional.
O projeto foi apresentado pelos deputados Pedro Pinto,
Patrícia Carvalho, Jorge Galveias, Daniel Teixeira, Sónia Monteiro, Pedro dos
Santos Frazão, Pedro Correia e Luísa Areosa e tem como objetivo a classificação
como Imóvel de Interesse Nacional das Salinas de Rio Maior, que no entender do
partido permitirá uma maior proteção e valorização deste património, garantindo
a sua preservação para as gerações futuras e promovendo o turismo cultural e
ambiental na região.
No entendimento do Chega “as Salinas de Rio Maior são um
património natural e cultural de relevância única, destacando-se pela sua
singularidade e pelo seu contributo para a identidade e desenvolvimento da
comunidade local”.
A jazida de sal das Salinas de Rio Maior ocupa uma área de
grande dimensão na província histórica da Estremadura cuja extensão vai de
Torres Vedras a Leiria e está inserida no Parque Natural da Serra de Aire e
Candeeiros.
Considerando que “a água das Salinas de Rio Maior, únicas em
Portugal por serem as únicas salinas interiores ainda em funcionamento na
Europa, é cerca de sete vezes mais salgada do que a do mar”, “as Salinas de Rio
Maior, único caso existente em Portugal de exploração milenar de um centro de
produção interior de sal, possuem uma longa história que remonta ao século XII,
com a primeira referência documentada, na Ordem dos Templários, a datar de
1177, atualmente arquivada na Torre do Tombo.”
Tendo em conta não só a sua importância histórica, mas
também atual, onde existem diversas entidades empresariais ligadas ao sal a
quais, no seu conjunto, mantêm viva a produção artesanal, a tradição e os
costumes e, ao mesmo tempo, desenvolvem projetos para o futuro deste belíssimo,
raro e único património cultural, com destaque para a Cooperativa Agrícola dos
Produtores de Sal de Rio Maior, fundada em 1979.
Classificadas como imóvel de interesse público em 1997, o
Chega entende que “a valorização e divulgação das Salinas de Rio Maior assumem
por isso grande importância, de um ponto de vista turístico e cultural, para os
potenciais visitantes, e de um ponto de vista económico, para o concelho de Rio
Maior e para a atividade desenvolvida em toda a região em torno das Salinas”,
considerando por isso que estão reunidos todos os pressupostos para a
classificação das Salinas de Rio Maior como Imóvel de Interesse Nacional.