(Foto: Lusa)
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até
quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no
continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e
temperaturas elevadas.
Na semana passada, o IPMA já tinha informado que Portugal
continental deveria registar durante o fim de semana e início da semana
temperaturas “acima do usual” para o mês de setembro.
Segundo o instituto, estava prevista uma subida da
temperatura até hoje, mais significativa no litoral norte e centro, acima de 30
graus Celsius.
Hoje, num comunicado divulgado na sua página de internet, o
IPMA adianta que até quarta-feira deverá ocorrer um agravamento do perigo de
incêndio por causa do tempo quente, tendo já emitido para hoje e terça-feira
aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa,
Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é
emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades
dependentes da situação meteorológica.
Devido à previsão de risco elevado de incêndio na
generalidade do território continental, a Autoridade Nacional de Emergência e
Proteção Civil (ANEPC) aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de
socorro para o nível mais elevado, para hoje e terça-feira.
Numa conferência de imprensa no domingo, o comandante
nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, apelou mais uma vez
aos cidadãos para que colaborem com as autoridades e evitem comportamentos de
risco nestes dias, adotando medidas de proteção face a eventuais situações de
perigo.
O responsável destacou que os próximos dias terão um risco
extremo de incêndio, pelo que pediu “tolerância zero ao uso do fogo e adequação
dos comportamentos face ao perigo de incêndio rural”.
Além dos 14 mil operacionais já no terreno, o nível de
alerta máximo (vermelho) implica o reforço do dispositivo com mais 682
elementos em alguns pontos estratégicos.
Por causa da situação meteorológica adversa, “foi emitida
uma Declaração da Situação de Alerta em todo o território do continente, por
parte das tutelas governativas responsáveis, que alerta para as proibições e
cuidados a observar durante este período crítico, sublinhando que a prevenção é
uma responsabilidade coletiva”.
A declaração decorre da elevação do estado de alerta
especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e da
necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco
de incêndio máximo, muito elevado e elevado, previsto pelo IPMA, em grande
parte do território continental.
A situação de alerta implica várias medidas excecionais,
como a proibição do acesso e circulação em vários espaços florestais ou a
proibição da realização de queimadas e de trabalhos em florestas com recurso a
maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais).