Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024

Nacional

Publicada em 31/08/24 às 12:31h
Governo tem de repensar a agricultura e voltar a pensar nos agricultores

Rede Regional

 (Foto: Rede Regional)

“O setor agrícola foi maltratado. Não existiu um Ministério da Agricultura próximo e eficaz. Afastou os agricultores da terra e, mais grave, afastou os jovens da agricultura”, disse o autarca assumindo que a necessária mudança “não se avizinha fácil”.
Exemplificando com o que se passa com a produção de cebola, que em 2017, quando entrou para a autarquia como vice-presidente, levava 30 produtores à FRIMOR, Santana Dias revelou que este ano são apenas 15, fruto da pouco importância dada ao setor agrícola.
“Nos últimos anos, a agricultura e os agricultores foram vistos como profissionais de menor importância”, lamentou o presidente da Câmara de Rio Maior, agradecendo aos ceboleiros, a maior parte da freguesia de Alvorninha, no concelho vizinho de Caldas da Rainha, “que teimam em não deixar morrer esta atividade”.
Um dos ouvidos atentos na plateia era o secretário de Estado Adjunto e Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, que concordou com a análise de Filipe Santana Dias e defendeu a necessidade de “um corte disruptivo” com o abandono e quase menosprezo da agricultura dado pelos governos socialistas.
“Esquecer a agricultura é um erro crasso. Setor primário é a base da lógica económica e que nos liga ao nosso território e as nossas tradições”, disse o governante, que garantiu que o atual executivo vai fazer “um corte com o passado”, tornando a agricultura uma prioridade.
Carlos Abreu Amorim defendeu ainda a necessidade de o país segurar os seus jovens, mas não apenas os doutorados.
Quando o campo não planta a cidade não janta
A necessidade de atrair os jovens para a agricultura foi uma das notas deixadas pela presidente da Assembleia Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, atual deputada e ex-presidente da autarquia riomaiorense, para quem é fundamental dar incentivos para que os jovens possam desempenhar esta atividade tão importante.
“Quando o campo não planta a cidade não janta”, disse Isaura Morais, reforçando a importância do setor agrícola.
O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, também presente na inauguração da FRIMOR 2024, revelou que em Alvorninha há sinais de esperança no sucesso desta aposta, com três jovens com vontade de desenvolver a atividade de ceboleiro.
O autarca espera que a nova NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), que são as divisões regionais existentes em todos os estados-membros da União Europeia, que neste caso vai juntar Ribatejo e Oeste “permita fazer mais e melhor” por este território.





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