(Foto: maismusica)
Os agricultores contarão com um apoio excecional de 60
milhões de euros em 2025, para compensar a suborçamentação das intervenções no
âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), indica uma
resolução publicada em Diário da República.
A medida, aprovada em Conselho de Ministros no passado dia
8, visa “compensar a suborçamentação dos regimes ecológicos para o clima, o
ambiente e o bem-estar dos animais, designadamente a agricultura biológica, a
produção integrada e o bem-estar animal e uso racional de antimicrobianos, não
cobertos por fundos europeus”.
O PEPAC para Portugal, no período 2023-2027, “integra as
medidas de apoio para se alcançarem os objetivos específicos da União Europeia
para a Política Agrícola Comum (PAC)”.
A decisão respeita igualmente ao programa do Governo, em
termos de agricultura e pescas, cujos objetivos estratégicos pretendem “retomar
a dinâmica de crescimento do setor, melhorar os rendimentos dos produtores e
garantir estabilidade e previsibilidade nos apoios”.
O Conselho de Ministros decidiu ainda que a referida medida
“é instituída e regulamentada por portaria dos membros do Governo responsáveis
pelas áreas das finanças e da agricultura”.
De acordo com a resolução, no âmbito da reprogramação do
PEPAC Portugal, relativamente ao “Desenvolvimento Rural” e à “Abordagem
Territorial Integrada”, o ministro da Agricultura e das Pescas deve definir o
reforço do cofinanciamento nacional em até 60 milhões de euros por ano, de 2026
a 2029.
“É fundamental promover a valorização dos setores da
agricultura, floresta e pescas e do papel que estes desempenham na
sustentabilidade económica, ambiental e social. Estes objetivos não poderão ser
alcançados sem investimento na investigação, na inovação e desenvolvimento, na
digitalização do setor e na renovação geracional”, assinala o Executivo no
despacho.