Desporto Publicada em 14/06/24 às 12:22h - 67 visualizações
Euro2024 Chegou Conheça as equipas do grupo de Portugal
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![](https://ps-str.srvsite.com/arquivos/8261/noticias/not-8261-20240614120141.jpg) (Foto: maismusica)
No dia que arranca o Euro, fique a conhecer um pouco mais das equipas do grupo da nosso seleção.
Turquia
![](https://arquivos.srvsite.com/img/PS-8261/20240614081007.jpg)
Depois de campanhas pouco conseguidas nos últimos Europeus, a Turquia parte de ambições renovadas para este Campeonato da Europa e o grupo em que está inserida dá razões para acreditar numa chegada, como mínimo, aos oitavos de final.
Vincenzo Montella, mítico avançado do futebol italiano e treinador já com andamento em clubes (Fiorentina, AC Milan, Sevilha ou Adana Demirspor), foi o escolhido para substituir o alemão Stefan Kuntz e o facto é que conseguiu levar o barco turco a bom porto.
Rodando os registos táticos, estabeleceu o 4-2-3-1 como base, tendo variantes em 4-3-3, 4-1-4-1 e podendo igualmente explorar a hipótese 4-4-2.
A ideia de jogo tem muitos princípios de base ofensiva, a equipa pretende ter protagonismo com bola, apesar de alguns momentos de dificuldade quando tem de a tirar de uma pressão intensa a partir da defesa.
Na baliza, Uğurcan Çakır deve ser o titular, depois de ter terminado a fase de apuramento como o dono da baliza turca e sendo desde há cinco anos o indiscutível guarda-redes principal do Trabzonspor. Ainda assim, enfrenta a boa concorrência do jovem Altay Bayındır e do mais veterano Mert Günok.
A linha defensiva conheceu um rude golpe nos últimos dias com a lesão gravíssima de Ozan Kabak. Sendo assim, Merih Demiral pode garantir o lugar ao lado de Abdülkerim Bardakcı (fiel da balança para Montella e campeão pelo Galatasaray), ainda que Samet Akaydin tenha tido protagonismo durante as derradeiras partidas de apuramento.
Do lado direito, Zeki Çelik deve assumir o posto; à esquerda vai aparecer um lateral bastante ofensivo como Ferdi Kadıoğlu (que também já passou pela faixa direita com o novo selecionador).
O duplo-pivot deverá ter Hakan Çalhanoğlu, o homem que orienta melhor a equipa a nível do passe, demonstrando ainda uma capacidade ímpar para rematar de meia e longa distância e um jogador entre Salih Özcan e İsmail Yüksek. Ainda assim, atenção ao central adaptado Kaan Ayhan, além do experiente Okay Yokuşlu para poderem desempenhar a função.
O benfiquista Orkun Kökçü também pode ser opção nessa linha, mas apenas num cenário em que Çalhanoğlu não esteja apto, caso contrário só deverá revelar esperanças em ocupar um lugar no 11 atuando mais como médio de segunda linha. Espaço no qual o canhoto Yusuf Yazıcı, comandado por Paulo Fonseca esta época no Lille, também procura ganhar protagonismo na equipa turca.
A linha ofensiva da Turquia apresenta vários jogadores de contraste e que podem muito bem marcar a diferença nesta competição. O campeão europeu Arda Güler salta logo à vista, apesar da (ainda) pouca experiência competitiva no panorama das seleções principais. Dono de uma canhota invejável, terminou a época em grande estilo.
Kerem Aktürkoğlu é outro sério candidato à titularidade, depois de ter sido uma das figuras do campeão dos 102 pontos, o Fenerbahçe.
Há vários jovens entusiasmantes (Kenan Yıldız, Semih Kılıçsoy) e veremos até que ponto a experiência de Cenk Tosun ainda vai ser tida em conta na hora de escolher o 11 para a fase final.
Chéquia
Os checos ficaram a saber que iriam ter um novo selecionador na sequência de… terem carimbado o apuramento para a Alemanha. Ivan Hasek assumiu a batuta e, depois de um primeiro teste em 4-2-3-1, voltou a estabelecer a anterior base tática, com três centrais, dois laterais/alas por fora, dois médios-centro e um de ligação aos dois atacantes, isto já depois de passagem pelo 3-4-3.
Ainda que a base deste grupo de trabalho tenha sido implementada por Jaroslav Silhavy, o substituto (a viver a segunda experiência enquanto selecionador) não teve vergonha de a aproveitar, tentando estimular uma equipa mais pressionante, com capacidade para batalhar com qualquer adversário no lado físico do jogo e ativando saídas pujantes e enérgicas para o ataque.
Na baliza, espera-se boa batalha entre Matěj Kovář (titular do Leverkusen na Liga Europa) e Jindřich Staněk (trocou o Viktoria Plzen pelo Slavia a meio da temporada). Imediatamente a seguir, poderão aparecer os tais três centrais, com Holeš, Vitík, Zima, Vlček, Hranáč e Krejčí como candidatos ao onze.
Nas laterais, Vladimir Coufal vai continuar a fazer diferença do lado direito, quer a Chéquia jogue com quatro ou cinco na linha recuada. Só este ano, serviu sete passes para golo na Premier League. Veremos se à esquerda vai ser David Jurásek a assumir a titularidade, depois de uma experiência para esquecer no Benfica.
Souček, do West Ham, é o elemento que manda no meio-campo, na dimensão da recuperação, da orientação dos primeiros passes e até correspondendo no remate. Se tiver dois colegas a seu lado, ganha força a presença de Barák ou Sevcik no duo recuado, com o criativo goleador Pavel Šulc a atuar nas costas dos avançados. Como alternativas, atenção a Lingr, Provod ou Matěj Jurásek.
O duo de avançados deverá ser constituído por Patrick Schick (fortíssimo a segurar a bola, a baixar em apoio e a finalizar lá na frente) e por uma unidade complementar, como o segundo avançado Adam Hložek (colega de Schick no Leverkusen).
Os pontas de lança Kuchta, Chytil e Chorý trazem a experiência de muitos golos marcados no futebol checo e são soluções pertinentes para buscar um jogo de cruzamentos para a área.
Geórgia
Willy Sagnol chegou ao banco georgiano há três anos e atingiu o objetivo a que se propôs de levar a antiga república soviética à fase final de uma grande competição.
Aproveitando a geração mais talentosa dos últimos anos naquele país, tem demonstrado capacidade para aprender com os erros, o que de resto levou a uma evolução positiva nos meses mais recentes, com a passagem para o 3-5-2 (5-3-2 no momento defensivo).
Depois de ter apostado brevemente no 4-4-2, estabeleceu-se numa fórmula que garante maior coesão defensiva, mas que ao mesmo tempo não despreza a capacidade criativa de alguns dos jogadores mais determinantes (Kiteishvili e Kvaratskhelia à cabeça), conseguindo ativar saídas rápidas para o ataque sem grande dificuldade.
Na baliza, mora o gigante Mamardashvili, figura do Valencia na La Liga, sendo um daqueles guarda-redes que tanto mora feliz numa equipa pequena (sofrendo muitos remates, fazendo muitas defesas), como revela potencial para patamares mais altos.
Tudo aponta para que os três centrais sejam os veteranos Kashia e Kverkvelia, juntamente com Dvali. Não sendo jogadores com muito jogo de cintura, o posicionamento correto e capacidade para se imporem na defesa da área e nos duelos será essencial para aumentar a competitividade georgiana.
Nas alas, Kakabadze à direita e Shengelia à esquerda garantem consistência para fazer todo o flanco e até algum atrevimento para exercer a pressão mais subida, a espaços. No meio-campo, o melhor jogador da liga austríaca 2023/24, Otar Kiteishvili, promete manter o mesmo rigor e precisão a fazer a equipa progredir em campo, devidamente acompanhado por interiores de consistência e critério na construção como Kochorashvili e Chakvetadze.
Para o ataque, e apesar das boas exibições de Zivzivadze, Mikautadze deve ser a escolha junto de ‘Kvaradona’. O atacante do Metz fez 14 golos apenas na segunda volta, é um avançado completo e com inúmeros recursos para finalizar. O complemento perfeito para a ruptura, magia e imprevisibilidade do grande craque da companhia.
Portugal
Roberto Martínez chegou a prometer flexibilidade tática e a verdade é que cumpriu com o que havia assegurado. Iniciou a etapa ao serviço da seleção portuguesa num 3-4-2-1, passou para o 4-3-3 e até chegou a testar estruturas com três centrais e dois avançados (fora de portas, ante o Liechtenstein), além de ter experimentado o duo de avançados Cristiano-Gonçalo Ramos na vitória face à Eslováquia (4-1-3-2).
Nos tempos mais recentes, o selecionador espanhol de Portugal estabeleceu o 4-3-3 como base, com a equipa a organizar-se ofensivamente num 3-2-5 em muitos momentos, podendo definir uma posição interior para Nuno Mendes a construir desde a base ou privilegiando o recuo de Palhinha para perto dos centrais para iniciar ataques.
A verdade é que há um conjunto de jogadores que Martínez definiu como coluna vertebral da equipa desde bem cedo. Na defesa, Rúben Dias tem esse papel de liderança. No meio-campo defensivo, Palhinha tornou-se indispensável.
Mais adiante, Bruno Fernandes tornou-se no líder espiritual da equipa e na referência goleadora (e de assistências, já agora). Com menos peso, mas indiscutível protagonismo, aparecem jogadores como Bernardo Silva, Diogo Costa ou Diogo Dalot.
A fase de qualificação irrepreensível (10 vitórias noutros tantos encontros, 36 golos apontados e apenas 2 consentidos) gerou entusiasmo, mas os sinais dos quatro jogos particulares que se seguiram deixaram no ar uma preocupação maior, sobretudo quanto ao rendimento da equipa em termos defensivos.
Frente à Suécia, e numa fase em que os lusos já goleavam, algum relaxamento permitiu dois golos aos nórdicos. A mesma dose foi servida pela Eslovénia, mas num jogo incaracterístico por todo o experimentalismo, sob todos os pontos de vista, do selecionador.
Já em junho, a vitória fácil com a Finlândia denunciou alguns problemas no controlo da linha defensiva, com erros individuais e de leitura a terem de ser tidos em conta. Frente à Croácia, primeira adversária de um patamar alto defrontada em um ano e meio como selecionador, a pressão foi absolutamente ineficaz ante tamanha qualidade dos balcânicos a construir ataques desde trás e a equipa exibiu muita previsibilidade com extremos metidos mais por dentro e laterais pouco acutilantes.
Martínez pode pegar na dezena e meia de jogos que tiver efetuado assim que estiver para começar o Europeu e refletir sobre qual a melhor aposta para o 11 que deve iniciar o torneio, na terça-feira (18 junho), frente à Chéquia. Há pelo menos vários nomes que ainda a alguns dias de distância da estreia parecem certos.
Diogo Costa será o titular na baliza. As questões levantam-se logo uns metros mais adiante, no setor defensivo. Rúben Dias é um dos tais fiéis da balança e (provavelmente) não tendo Pepe ao lado, será Gonçalo Inácio a desempenhar o papel de central pela esquerda (o que a acontecer irá indubitavelmente aumentar o nível da saída de bola portuguesa a partir de trás).
Nas laterais, Diogo Dalot deverá partir como titular à direita, mas atenção ao papel híbrido de João Cancelo, entre o lateral que ataca meia-direita e espaço aberto e que a partir da esquerda oferece inúmeras soluções criativas de fora para dentro.
A escolha dos laterais (o teórico titular da esquerda é Nuno Mendes) também estará de sobremaneira relacionada com as decisões tomadas quanto aos restantes integrantes do 11, do meio-campo em diante.
Palhinha vai ser o tal trinco que desmonta adversários na pressão e desarme, cobre porções generosas de relva, envia passes longos de um lado ao outro do campo para descongestionar e baixa para construir perto dos centrais (ou nalguns momentos defensivos, baixando para ajudar na ação da defesa da área).
Martínez parece também acreditar mais na conciliação entre Vitinha e Bruno Fernandes no meio-campo, podendo rodar o posicionamento dos centrocampistas para surpreender os oponentes. Como alternativas, perfis distintos (Matheus Nunes) e mais semelhantes ao que já existe (Rúben Neves), com o menino João Neves a dizer presente para provar que a titularidade pode não estar assim tão longe.
A partir da direita, Bernardo Silva, que sente enorme conforto a jogar por dentro e pode até exercer a função de médio-centro/interior, é o candidato maior ao 11, mas a exibição desconcertante de Francisco Conceição ante a Finlândia pode catapultar o portista para patamares de aposta mais vincados por parte de Roberto Martínez.
Quanto a Cristiano Ronaldo, talvez não venha sempre a ser titular, até pelas valências que Gonçalo Ramos possui em determinados contextos (desde logo, para a pressão sem bola), mas irá partir com esse estatuto, de início.
À esquerda, talvez não seja má ideia ganhar a irreverência, ainda que com alguns traços de inconsistência, de Rafael Leão, com João Félix e Pedro Neto como as imediatas soluções para agitar as águas. Não esquecer igualmente Diogo Jota, ainda a tentar recuperar a melhor forma, mas com um perfil diferente e até complementar ao de Cristiano e Gonçalo.
São estás as quqtro equipas do Grupo F
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