Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025

Cultura e Lazer
Publicada em 01/01/25 às 19:20h - 14 visualizações
Nova Descoberta de Pegadas de Dinossáurios nas Encostas da Serra d’Aire

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 (Foto: Mais Musica Web Rádio )


Na manhã do dia 28 de dezembro, realizou-se uma visita à antiga Pedreira do Manuel Fernandes, atualmente conhecida como Pedreira do Espanhol, localizada nas encostas da Serra d’Aire, no concelho de Torres Novas. Esta visita teve como objetivo apresentar ao público a descoberta de novos trilhos de pegadas de dinossáurios, dispersos por uma área de cerca de 10.800 m², num estrato calcário datado do Jurássico Médio, ou seja, com cerca de 168 milhões de anos.
A iniciativa contou com a presença de representantes de diversas entidades, incluindo a STEA – Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia, o Município de Torres Novas, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a CCDR LVT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a Comissão de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, além de membros da comunidade científica.
No local, que atualmente está em fase de limpeza, já foram identificadas pegadas de saurópodes – “mãos” e pés – de diferentes tamanhos. Os trabalhos em curso visam o reconhecimento total dos trilhos e a eventual identificação de outros fósseis, reforçando a sua importância paleontológica. Esta descoberta soma-se ao património existente no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém – Torres Novas, tornando a região ainda mais relevante no panorama geológico e paleontológico nacional.
O geólogo João Carvalho, que identificou a jazida há cerca de 20 anos, esperou pelo momento oportuno para divulgar esta descoberta, priorizando a proteção das pegadas da Pedreira do Galinha. Segundo o investigador, é essencial preservar o local e promover visitas controladas, utilizando os caminhos pedestres existentes para evitar danos irreversíveis.
Durante a visita, representantes de várias instituições expressaram a sua preocupação com as atividades clandestinas de todo-o-terreno (TT) na zona, que ameaçam a integridade do sítio. Galopim de Carvalho, conhecido como o “avô dos dinossauros”, felicitou a descoberta e destacou a relevância deste achado para o património nacional, apelando à mesma dedicação que permitiu a proteção do Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios.
Vanda Santos, paleontóloga da Universidade de Lisboa, mostrou-se entusiasmada com o potencial do local: “É preciso rastrear, estudar em detalhe e retirar o máximo de informações deste sítio.” Por sua vez, Luís Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Geólogos, enfatizou a importância das pegadas como ferramenta educativa e promotoras da geodiversidade.
Pedro Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, sublinhou a necessidade de classificar oficialmente o local para garantir a sua proteção e valorização. “O património natural da Serra d’Aire é um tesouro, e este achado reforça a nossa missão de preservá-lo para futuras gerações,” declarou.
Rui Pombo, diretor regional do ICNF, apontou a urgência de um estudo científico aprofundado, que permita a promoção do sítio de forma sustentada e sem artificialização, alinhada com os princípios de conservação do património.
A descoberta na Pedreira do Espanhol reforça a riqueza paleontológica e geológica da Serra d’Aire e Candeeiros, constituindo mais uma peça importante na compreensão da história natural do território. Com a articulação de esforços entre as entidades competentes e a comunidade científica, espera-se que este património receba o reconhecimento e a proteção que merece, tornando-se mais um ponto de referência na divulgação da ciência e da geodiversidade em Portugal.
 








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