O concelho de Salvaterra de Magos inaugura esta sexta-feira,
6 de setembro, a décima primeira edição das Jornadas de Cultura, que levam ao
território “um conjunto de oferta cultural que seja complementar da atividade
que nós fazemos ao longo do ano”, refere ao NS Hélder Esménio, Presidente da
Câmara Municipal.
“Voltamos a ter no primeiro fim-de-semana, logo na primeira
noite, no arranque das Jornadas de Cultura que vai acontecer na Capela Real, a
recriação com momentos históricos e musicais do tempo do Paço Real de
Salvaterra de Magos, que é um dos temas que temos em destaque nestas Jornadas e
vamos terminar, digamos assim, esse momento de evocação histórica com a
animação musical com o fadista Camané”, começa por anunciar o autarca, que
organiza o certame.
“Depois, no dia seguinte (sábado, 7 de setembro), voltámos a
ter, além de um showcooking no Mercado Diário de Salvaterra de Magos, porque a
gastronomia também é cultura, depois da parte da tarde, temos a habitual
distribuição pelas crianças de mais uma publicação, tantas quantos os anos que
levo de mandato e que nós distribuímos para as crianças para procurar, por um
lado, transmitir-lhes a nossa história, a nossa cultura, de uma forma
divertida, sob a forma de uma aventura, mas tem subliminarmente o interesse de
tentar e trazer os miúdos para a leitura, para criar hábitos de leitura e com
isso, digamos assim, a melhorar os níveis de aprendizagem”, acrescenta.
O primeiro sábado das Jornadas de Cultura terá, “como
habitualmente diante do Mercado de Cultura em Marinhais, uma noite de fados”.
“Este ano, a grande novidade, digamos, é o domingo vamos ter
a inauguração do Museu do Concelho que vai ficar no edifício do Cais da Vala
Real, em Salvaterra de Magos”, salienta, acrescentando que o Museu “vai começar
por ser apresentado no Celeiro da Vala ao lado, porque vamos ter também nessa
apresentação a Academia de Artes “o Batuque”, mas vamos ter, acima de tudo, a
passagem de um vídeo que permite a reconstituição, se quisermos uma recriação
histórica, tal como seria o Paço Real no século XVIII, vídeo esse que depois
vai estar em looping no Museu.”
Hélder Esménio informa que “o Museu reúne um conjunto de
informação histórica, reúne referências à fixação de população junto ao rio
Tejo, considerado o elemento estruturante do nosso concelho ao nível de todo o
período da história, considerado o fundador do próprio concelho, porque foi ele
que atraiu e de que maneira, a fixação de populações há mais de 10.000 anos”.
O autarca considera a inauguração do Museu “um momento muito
importante e um compromisso histórico e político que eu tinha desde 2009,
altura em que perdi, fiquei em segundo lugar nas eleições para o lugar que hoje
ocupo desde outubro de 2013, era já uma ideia que tem uma década e meia e eu
não queria sair de Presidente de Câmara sem deixar esse registo para o para as
gerações vindouras de um museu que de alguma forma fosse a identidade de toda
esta comunidade que é o concelho de Salvaterra de Magos”.
Apesar do Museu do Concelho de Salvaterra de Magos ser um
dos pontos altos das onze edições das Jornadas de Cultura, Hélder Esménio
considera que apesar da afirmação “fazer sentido”, considera que é “o culminar,
porque nós já criámos e não começámos por um Museu do Concelho, não foi por
acaso, nós criámos um Museu dedicado ao rio, fomos nós que criámos, alargando a
escola e ampliando a e dando usos à escola, reconstruímos o núcleo museológico
da casa tradicional Avieira…”.
Hélder Esménio valoriza também a criação de “espaços
culturais em diferentes freguesias”, como “O Mercado da cultura de Marinhais é
um mercado ao abandono fechado pela ASAE, e nós transformámos no mercado da
cultura como auditório e como espaço expositivo, onde temos várias exposições
temporárias. Depois fomos para a Glória do Ribatejo reabilitar o Pátio
das Coletividades e criar o auditório e criar a biblioteca e criar também
outros espaços expositivos na Glória do Ribatejo. Ajudámos e de que maneira, a
dar vida e a tornar novamente visitável a Casa do Povo de Muge. Com vários
investimentos que fizemos também naquele espaço onde agora colocámos um
laboratório, que um dia queremos que seja museu…”, considerando assim que o
Museu do Concelho é o complemento a todos os espaços expositivos já existentes.