O cante alentejano, um canto coletivo sem recurso a
instrumentos e que incorpora música e poesia, foi classificado como Património
Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 27 de novembro de 2014.
De acordo com a promotora Sons em Trânsito, num comunicado
hoje divulgado, na comemoração dos dez anos sobre a classificação, a Câmara
Municipal de Serpa e o Museu do Cante Alentejano, situado naquela cidade do
distrito de Beja, realizam "um concerto único em Lisboa, no Coliseu dos
Recreios em 03 de novembro", que "promete ser uma celebração
emocionante desta tradição musical alentejana".
No espetáculo irão participar "os 11 grupos corais de
Serpa acompanhados por Orquestra Sinfónica, composta pela Banda da Sociedade
Filarmónica de Serpa e músicos convidados, com arranjos e direção do maestro
Carlos Amarelinho, proporcionando uma viagem inesquecível pelas melodias e
harmonias que há séculos ecoam nas planícies do Alentejo".
Em palco estarão mais de 300 pessoas, "num momento
excecional para festejar a data e mostrar a força e dinamismo desta expressão
cultural identitária que, desde 2014, passou a ser de todo o mundo".
A candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade
foi promovida pela Câmara Municipal de Serpa/Casa do Cante, com o contributo da
Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, da Casa do Alentejo, em
Lisboa, da Confraria do Cante Alentejano e da Moda - Associação do Cante
Alentejano.
O "(can)to da (te)rra", que "retrata a
ligação umbilical do trabalhador com a terra-mãe", é um canto coletivo,
sem recurso a instrumentos e que incorpora música e poesia, associado
geograficamente ao Baixo Alentejo, segundo os promotores da candidatura.
Os bilhetes para o espetáculo "Comemoração Cante
Alentejano | 10 anos Património UNESCO" já estão à venda e custam entre os
10 e os 35 euros.