(Foto: maismusica)
O ex-concorrente do Got Talent 2021 Miguel Bravo está
a ser acusado, por várias organizações de festas, de burla.
O músico terá faltado a vários espetáculos à última da hora,
pelos quais já tinha recebido parte do dinheiro, e não devolveu o pagamento
adiantado.
Uma das denúncias que chegou ao Notícias ao Minuto diz
respeito ao Arraial de S. Pedro da Areosa 2024, no Porto, que se realizou no
dia 29 de junho.
De acordo com a organização deste evento, o artista Miguel
Bravo lesou o Arraial S. Pedro da Areosa com sobreposição de datas de
espetáculos em cidades diferentes.
"No passado dia 16 de maio, a organização contactou o
artista Miguel Bravo, através das suas redes sociais, meio que serviu para toda
a negociação de valores para a atuação no dia 29 de junho, em horário a
combinar. Os termos da sua contratação ficaram acertados, tendo o artista
declarado o valor recebido e comprometendo-se, através de um e-mail, a marcar
presença no evento", conta a associação ao Notícias ao Minuto,
adiantando que, dias antes do evento, detetou dois cartazes que anunciavam a
presença do artista na região de Lisboa, no mesmo horário do concerto no
Arraial de S. Pedro da Areosa.
"Confrontado com os cartazes dos referidos eventos,
ainda que garantindo que estaria presente (só não informou de que forma, uma
vez que a atuação estava sobreposta), a atitude do artista alterou-se
drasticamente, ao ponto de ter deixado de responder e deixou de estar
contactável", adianta a organização do arraial ao Notícias ao
Minuto.
Perante o "cenário apresentado" e as notícias
recentes de que Miguel Bravo já estava envolvido em polémicas semelhantes, a
organização informou o artista que a sua intenção era retirar o nome do cartaz
e solicitou o reembolso do valor recebido até então.
Dinheiro este que, segundo a organização, "continua do
lado do artista, que se recusa a admitir a sobreposição de datas".
"Após [a organização] ter conseguido chegar à conversa
com a agência que representa o jovem artista, a HomeOut, que não esteve
envolvida em momento algum deste processo por vontade do mesmo, a agência
garantiu que desconhecia a presença de Miguel Bravo no Arraial de S. Pedro da
Areosa, uma vez que este tinha agendado os espetáculos do artista em
Lisboa", explicam ainda.
A organizadores do evento ponderam agora apresentar queixa
nas autoridades, se Miguel Bravo não devolver o dinheiro pago adiantado.
Queixas sucedem-se
Outra das denúncias que veio a público, é da Associação
Cultural Portuguesa de Consdorf, no Luxemburgo, no passado mês de maio. Num
comunicado, citado por vários meios de comunicação social, a associação revela
que Miguel Bravo cancelou um espetáculo na noite anterior ao mesmo, por estar,
alegadamente, com uma “pneumonia há duas semanas”, depois de ter pedido um
"sinal de 250 euros" e um outro de "100 euros" às "2h
da manhã", de um outro dia, "porque estava a precisar".
"Isto tem de ser exposto. Um pseudo-artista como o
Miguel Bravo tem de ser punido. No espetáculo, como na vida, não vale tudo. A
associação vai agir judicialmente para sancionar o deplorável comportamento que
lesou as expetativas dos presentes e da organização de festa",
garantiu na altura a associação.
Mas as queixas não ficam por aqui. Na freguesia de Celeirós
do Douro, na vila de Sabrosa, distrito de Vila Real, no dia 28 de junho, a
junta confirmou ao Notícias ao Minuto que Miguel Bravo tinha
confirmado presença nas festas em honra de São Pedro, mas não apareceu. Ao que
parece, também tinha um espetáculo sobreposto em Lisboa.
"No dia do concerto mandou mensagem a pedir
desculpa. O que vale é que quando ele pediu um adiantamento do dinheiro, nós
dissemos que não era possível", revelou a autarquia.
Queixas semelhantes têm o Agrupamento de Escuteiros de
Cedofeita, no Porto, e a organização das festas de S. Pedro de Sobreira, em
Paredes.
"Burlas vêm do meu Facebook e messenger"
O Notícias ao Minuto contactou Miguel Bravo
para obter uma reação a estas acusações. O artista começou por garantir que
estas denúncias são "mentira", acrescentando que não fica com o
dinheiro. "Até porque devolvo sempre o valor", explicou.
Posteriormente, noutra mensagem enviada por Whatsapp, uma
vez que não está contactável por chamada, Miguel Bravo deu ainda a entender que
as burlas não são cometidas por ele.
"Apenas existem burlas através do meu Facebook e
messenger, com o qual eu não tenho nada a ver", reiterou.
Em 2022, a conversa era outra. Miguel Bravo admitiu na
altura, após ser confrontado com vários casos semelhantes aos que agora são
novamente relatados, que errou e que tinha "de parar por uns tempos"
para se organizar.
Há dois anos, através de um comunicado partilhado nas redes
sociais, assumia andar "a mil por Portugal inteiro", "um
arranque após Covid para o qual não estava preparado psicologicamente" e
que "de repente, tinha tudo baralhado", garantindo que nunca tinha
feito nada "por mal".